Assumimos a gestão numa conjuntura que exigia resistência, os últimos anos não foram fáceis. Passamos por uma pandemia em meio ao desgoverno de Bolsonaro e hoje, depois de muita luta, finalmente estamos reconstruindo nosso país.
O movimento estudantil sempre foi peça fundamental nessa resistência, construimos o Ele Não, os Tsunamis da Educação, a campanha Fora Bolsonaro e estivemos na linha de frente denunciando a escalada fascista.
A política de morte sempre foi marca dos discursos e das práticas. Com a falsa desculpa de defender a família tradicional e os bons costumes, o preconceito e o ódio se escancaram nas ações.
A comunidade LGBTQIA+ é alvo constante do conservadorismo, perseguida como se fosse o principal ataque à família. Desde sempre denunciamos as fake news do kit gay, da ideologia de gênero e da ditadura “gayzista”.
Foi essa política de perseguição aos nossos corpos que serviu de base para justificar os diversos crimes contra a humanidade que foram cometidos. O discurso “prefiro um filho morto a um filho gay” se mostrou na prática com o descaso pela vida.
Nos perseguindo, Bolsonaro ganhou notoriedade, mas com a luta das mulheres, das pessoas pretas e LGBTQIA+ ele foi derrotado. E não ironicamente foi durante o mês do orgulho que ele se tornou inelegível.
Nossa resistência foi fundamental para a reconstrução do Brasil, mas ainda precisamos avançar bastante para tornar esse país cada vez mais livre do ódio e do preconceito. Queremos ser livres, ter nossa existência e nossos direitos respeitados
Stefany Tavares –
Estudante de pedagogia UFC
Diretora LGBT